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Uma mão cheia de novidades de música portuguesa
A música portuguesa sai à rua esta primavera e são muitas as novidades. Conheça os trabalhos mais recentes de alguns dos mais interessantes embaixadores dos ritmos feitos em Portugal.
“Altar”, The Gift
A banda The Gift lança uma edição especial que inclui o disco, com dez canções, e também um livro de 38 páginas com as letras das músicas num grafismo especial. O álbum foi produzido por Brian Eno, profissional que já trabalhou com nomes como David Bowie, Talking Heads, U2 e Coldplay. O disco oscila entre sonoridades pop, alternativa e eletrónica e conta já com três singles que ficam no ouvido: “Love Without Violins ft Brian Eno”, “Clinic Hope”e “Big Fish“.
“Giesta”, Miguel Araújo
É o terceiro álbum de originais do músico portuense e o single “1987” já ecoa nas rádios nacionais. Neste tema, Miguel Araújo canta homenageando memórias da década de 80, dos centros comerciais da Invicta ao mítico golo de calcanhar de Madjer ao serviço do Futebol Clube do Porto. Na música conta com a participação de Catarina Salinas, da banda Best Youth. “Giesta” tem lançamento marcado para este mês de maio e inclui temas imperdíveis, como “Acordo Nupcial”, “Via Norte”ou “O meu Amor é como a Rola”.
“Diz-me”, Paulo Gonzo
É uma das vozes inconfundíveis do panorama musical português e lança agora um novo álbum com convidados de luxo como a fadista Raquel Tavares, o rapper Boss AC, o guitarrista da banda The Black Mamba, Tatanka ou o espanhol Diego el Cigala. Também Jorge Palma escreve o tema de arranque, “Sem Ti”, e até Rui Reininho, vocalista dos GNR, participa no videoclip. Neste novo trabalho discográfico o cantor de voz quente e rouca continua uma das suas imagens de marca: as baladas românticas.
“Mais”, HMB
Terceiro álbum de originais desta banda que tem o soul e o R&B. Em “Mais” o coletivo apodera-se de influências musicais que vão da pop dos anos 80 às guitarras de Lenny Kravitz, passando pela crueza de Kendrick Lamar à voz inconfundível de Prince. Das 12 canções que integram o álbum destacam-se as participações especiais da fadista Carminho, em “O Amor é Assim”, do rapper brasileiro Emicida, em “Estrela Brilha”, e de DJ Ride, que assina a produção do tema que dá nome ao disco, “Mais”.
“Nua”, Gisela João
Foram necessários três anos para que a fadista regressasse aos discos. Anos de difícil crescimento para Gisela João, que se chegou a sentir esmagada pelo peso das expectativas que sentiu existirem em relação a si. Foi quando se libertou destes medos – e percebeu que apenas queria continuar a fazer o que sempre fez, cantar – que este “Nua” ganhou forma. Com Ricardo Parreira na guitarra portuguesa, Nelson Aleixo na viola de fado, Francisco Gaspar na viola baixo e Frederico Pereira na produção e direção musical, Gisela Joao canta aqui as palavras de alguns poetas da atualidade, mas revisita também temas mais tradicionais.
“Império Auto-Mano”, PZ
O homem para quem o mundo se passa todo a partir do seu quarto e, de preferência, de pijama, está de regresso com o quarto disco de originais. Depois de hinos como “Croquetes” e “Cara de Chewbacca”, PZ apresenta neste álbum 13 canções que sublinham a sua natural ironia e o olhar crítico – mas sempre bem-humorado – com que olha para o mundo em que vive. O mesmo que já não é um Império Otomano, mas antes este novo império, dividido entre o que que é automático, o que é humano, e ainda a figura bem tradicional do “mano” do Porto.
“The Art Of Slowing Down”, Slow J
Ainda o ano está a começar e já este álbum é apontado, de forma quase unânime, como um dos trabalhos de 2017. O cantor, compositor e produtor de 24 anos, depois de um primeiro e já promissor EP, acaba de lançar este álbum, composto por aquilo que descreve como 14 temas totalmente esquizofrénicos. Do hip-hop à eletrónica, passando pela pop, o rock, o fado e até o semba. É tudo música, para Slow J.