Degema: provei talvez o melhor hambúrguer artesanal do norte

Da loucura de uma ida aos saldos, poucos dias após o Natal, resultou uma das melhores experiências gastronómicas da minha existência.

Sou das que, em época de saldos, aventura-se pelo shopping adentro à procura de pequenos grandes achados pelos quais os meus olhos já se haviam apaixonado. Investi nos 50% da Levi’s e – não me julguem – juntei o útil ao agradável com os 70% da Women’Secret e a minha superstição de vestir uma lingerie nova para ver se 2020 me traz alguma sorte.

Esta minha loucura de aproveitar os saldos nos dias em que há filas – e que filas – nos balcões para troca de presentes de Natal indesejados, é toda previamente pensada. Calço os ténis mais confortáveis, mochila às costas, visto os meus joggers – bem dita seja a invenção destas calças – e vou com o meu orçamento bem estipulado para que ainda sobrem uns míseros euros para a loucura do reveillon.

Dentro desse orçamento estipulado, está – como não podia faltar – um bom almoço. E foi nesta parte do meu dia que encontrei a maior das surpresas, uma dádiva dos deuses no que toca ao mundo do hambúrgueres. Se é daqueles que adora os fast food, tenha cuidado com o que lhe vou contar a seguir: é provável que – tal como eu – não consiga mastigar mais nenhum depois de provar este artesanal.

Chamem-lhe doença ou paranóia, mas se há pessoa que, no dia anterior a sair de casa, já pensa no que vai almoçar, essa sou eu. Na maior parte das vezes já vou com o pedido pensado, mas nesta minha ida ao ArrábidaShopping fui com algumas opções pouco concretas.

Não sei se culpe o destino divino ou o cheiro a queijo derretido, mas alguma coisa desviou e prendeu o meu olhar no Degema. Não há doces de Natal nem metas do novo ano que me roubem um bom hambúrguer. E por isso, lá fui eu já a salivar.

Entrar no Degema foi uma combinação perfeita de bom humor com sabores explosivos, estando uma forte homenagem ao norte no topo do bo…hambúrguer. “Andor Bioleta”, “Ganda Sostra”, “Ai o Morcão” e “Laurear a Pevide”, são nomes que dão vida a quatro dos mais de quinze hambúrgueres da marca.

Foi “De Cu Tremido” que experimentei este hambúrguer que me apaixonou  – e certamente será um amor para a vida toda – pelo Degema. Composto por carne de novilho, hambúrguer recheado com ovo, queijo cheddar, pá fumada, molho de barbecue e pimento, farinheira e cebola crocante, o meu manjar dos deuses veio ainda acompanhado com batatas fritas – artesanais, claro! – com orégãos por cima e um molho delicioso ao lado para mergulhar os palitos crocantes.

Escusado será dizer que saí de lá satisfeita – qual abade – e que se pudesse, entregava na hora uma estrela Michelin à marca que faz dos hambúrgueres a comida de mão parecer o novo gourmet.

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