Bernardo Cruz Fachada cresceu com a música que o pai trazia para casa. Lembra 1985 como o ano em que lhe chegaram montanhas de discos vindos do Brasil que marcaram a sua infância. Aos quatro anos tinha como dieta auditiva Toquinho, Paralamas do Sucesso, Tom Waits, Leo Jaime, Gentle Giant, Nina Simone ou os Specials. Já a sua adolescência foi guiada por CDs de Cohen, Dylan, ‘Graceland’ de Simon e os Talking Heads.

Com uma educação rodeada pelas artes, teve 12 anos de formação musical, estudando vários instrumentos, como violino ou piano, terminando no Hot Club, famoso clube de jazz em Lisboa. Ser músico “não é a profissão de sonho mas sim a que [lhe] calhou” e só nesta atividade consegue, inesperadamente, aglutinar “o destino e feitio, questões emocionais e sociais”.

B Fachada integrou o grupo Diabo na Cruz e álbuns como ”Deus, Pátria e Família” (2011), “Criôlo” (2012) e “B Fachada/Pega Monstro” (2015) fazem parte do seu histórico. A obra de B Fachada vive de uma crítica que fazia falta à canção nacional, muitas vezes esquecida como uma das formas vitais, naturais e poderosas de comunicação. As suas letras relatam de forma humana e contemporânea o que é viver na Lisboa e no Portugal de hoje, com seriedade e com coração. Afinal, B Fachada mede as consequências da sua música a nível e impacto pessoal. “Tenho feito os possíveis por fazer coisas que me façam comover”.

Assista ao concerto deste triunfo da música portuguesa no dia 10 de agosto, pelas 22h, na Praça Central do ArrábidaShopping. Mais um momento do Arrábida Summer Fest.