O ArrábidaShopping tem uma gama de novos aromas e sabores até ao Natal, trazida pela 1000 Paladares. O novo espaço apresenta-se como uma loja cooperativa que faz a distribuição de várias marcas, procurando reunir produtores nacionais, que têm a preocupação de fazer artigos com base em produtos naturais.

“Os produtores representados são empresas familiares que foram crescendo, alargando a sua gama e têm uma qualidade extrema”

Joana Lencastre, representante da 1000 Paladares, explicou à que “passo a passo, os produtores representados são empresas familiares que foram crescendo, alargando a sua gama e têm uma qualidade extrema. E agora, todos estes já estão há muitos anos no mercado”.

No entanto, a recente loja é uma Flash Store, ou seja, apenas se manterá aberta durante a época natalícia. Ao longo do ano, a empresa só faz distribuição para outras lojas, hotéis e restauração – já que os produtos são de gama específica, exclusiva e normalmente utilizados por chefs de cozinha. “Só na altura do Natal é que sentimos que existe oportunidade de poder divulgar outros produtores, por haver mais apetência para este tipo de mercado e também por serem produtos mais sofisticados, que as pessoas comuns não utilizam no seu dia-a-dia”, revelou ainda.

Embora a representação seja essencialmente com base em apostas nacionais, a 1000Paladares também já absorveu alguns nomes internacionais, com produtos que não se fazem por cá. Exemplo disso são a Dilmah, marca representante de chás do Sri Lanka – já que há apenas produção nos Açores –, “onde os produtores são também os embaladores e revelam ter as mesmas preocupações que nós em relação à produção de vinho do Porto”; a francesa Michel Cluizel, que se encontra entre as dez melhores marcas de chocolates do mundo e que faz a torrefação da fava de cacau; ou a italiana Alfieri, que produz massa alimentar. “São artigos para quem gosta de cozinha e de coisas boas”, assegura a responsável pela loja. Joana Lencastre remete todos estes produtos para o conceito de “mercearia fina”, por não gostar da palavra “gourmet”, já que hoje em dia qualquer produto encaixa nesta última designação, mesmo sem ter as características devidas.

Há gamas totalmente biológicas e todas elas estão certificadas

“Normalmente as pessoas associam este tipo de alimentos a valores caros, mas se pensarmos que quando falamos de fruta é mesmo fruta, em termos comparativos, é bem mais barato e, se pensarmos na nossa saúde, então é muito mais barato”. Há gamas totalmente biológicas e todas elas estão certificadas, como o Cantinho das Aromáticas, com os temperos e infusões ou as compotas da Santa Gula, com “fruta verdadeira”. Além disso, todas as produções destes artigos respeitam a natureza.

Filipe Costa, produtor da Santa Gula, representante de compotas e chutneys, avançou que toda a criação é artesanal e sem maquinaria, os produtos são biológicos e nacionais, exceto uma ou outra especiaria não existente no país. Pedro Cavadas é o engenheiro agrónomo da empresa e tem acesso à qualidade dos produtos. “A filosofia é sem conservantes e para a conservação, usamos açúcar ou vinagre até atingir elevadas temperaturas – que tem o mesmo efeito, embora seja mais caro”, assegurou o engenheiro.

A 1000 Paladares já está no mercado há 15 anos e representa atualmente 22 marcas. Para a sua seleção de produtores, conta com a opinião de chefs de cozinha, como o Hélio Loureiro, o Nuno Inverneiro, o Marco Gomes, o Luís Américo ou Álvaro Dinis, muito ligado à cozinha vegetariana e ao Slow Food–movimento mundial que surge em oposição ao fast foode que defende a preservação da natureza e do bem-estar das pessoas, recorrendo apenas a produtos naturais, tal como esclareceu Joana Lencastre.

Este ano, a loja integra ainda um artesão que produz loiça nacional – a Portugal Gifts – onde se podem encontrar várias peças de artesanato contemporâneo, mas tradicionalmente portuguesas.

Na loja, podem encontrar-se ingredientes diferentes, como bolachas com a alga spirulina, sal com limão japonês, óleo de noz, chocolate com 99% de cacau (apenas com 1% de manteiga), licores de poejo ou gengibre, rillette de aves (espécie de paté francês), ou açafrão dos Açores, entre muitos outros.

Todas as semanas, às sextas-feiras à tarde, o espaço contará com a presença de alguns dos seus produtores para apresentar a sua mercadoria e fazer uma prova de degustação. Para abertura oficial, estiveram representadas as compotas da Santa Gula, a cerveja da Sovina, a pasta de azeitona da Quinta de Santa Catarina.

A 1000 Paladares fechará após o Natal, mas regressa para o ano.

Entretanto, para a época natalícia há produtos individualizados, a partir de 1,40€, como pequenas compotas, mas também uma grande variedade de cabazes, já prontos a levar, disponíveis a partir de 5€ até valores mais elevados, ou personalizados, construídos na hora pelo cliente com os produtos da loja, criando uma prenda única para uma pessoa especial. “É um mimo que dá felicidade, uma coisa boa que dá alegria à alma”, concluiu Joana Lencastre.